Ninho de cobra

Bote de cobra armadeira
No meio da palha da cana
A dentada perigosa
É bote de caninana

Cascavel faz seu barulho
No meio do bambuzal
Colorida no caminho
Lá se vai cobra coral

Lá vem a surucucu
Rastejando mais adiante
Cuidado, amigo meu
A dentada é fulminante

A jiboia se enrosca
Em volta de sua presa
Apertando num abraço
Contra qual não tem defesa

Muçurana caça de noite
Sem veneno ela extermina
Come cobra peçonhenta
Então cuidado com a menina

Cobra-d’água é ligeira
Pega peixe sem errar
A mordida é certeira
Não deixa um escapar

Entre folhas e gravetos
Cobra-cipó se esconde
Quando solta a bocada
Você não sabe de onde

Falsa-coral engana a todos
Nela ninguém pisa em cima
É a cobra mandingueira
Imitando sua prima

Camaradinha…

Olha a cobra, acauã
Ê, cauã!
Olha a cobra, acauã
Ê cauã!

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